Em meio aos esforços de resgate e de ajuda humanitária após o forte terremoto que atingiu o sul do Peru na quarta-feira, as autoridades do país pediram neste sábado calma à população, que teme novos tremores e a situação de desespero que predomina nas ruas. Durante a madrugada deste sábado, a população das principais cidades afetadas permaneceu em pânico por causa dos saques e dos atos de vandalismo que aumentaram nas últimas horas.O tremor, no início da noite de quarta-feira, provocou destruição na capital, Lima, e devastou outras cidades da região, como Pisco, Ica e Chincha. Os bombeiros contabilizam 510 mortes até agora, e dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas.A igreja de San Clemente, localizada na praça central de Pisco, se tornou um dos símbolos da tragédia que se abateu sobre a região. Até a madrugada deste sábado, 127 corpos já haviam sido retirados dos escombros da igreja. Após o tremor de quarta-feira, de 8 graus na escala Richter, tudo o que sobrou da construção colonial foi a fachada.Apesar da falta de esperança de encontrar sobreviventes entre os escombros da igreja, os bombeiros conseguiram resgatar com vida na sexta-feira o padre José Emílio Torres Mota, que celebrava uma missa no momento em que o teto desabou. As equipes de resgate continuam trabalhando no local. Estima-se que ainda haja cerca de 40 corpos entre os escombros.DesabrigadosO número de famílias que ficaram desabrigadas aumentou de 17 mil para 33 mil em toda a região sul do Peru. Os tremores secundários que ocorrem desde quarta-feira terminam de destruir as poucas casas que ainda se mantinham de pé. Os moradores das cidades de Ica, Chincha e Pisco passaram a terceira noite depois do terremoto ao relento.Na maior parte da região sul do Peru, a mais atingida pelos tremores, ainda não foi restabelecido o abastecimento de energia elétrica. Não há água. A conexão telefônica já funciona, mas com dificuldade.Em Chincha, uma pessoa ficou ferida durante um assalto a um hospital. Uma testemunha disse que os assaltantes entraram na clínica para roubar equipamentos e remédios.Em Pisco também foram registrados roubos. Os assaltantes aproveitam a falta de luz para entrar nas casas e lojas destruídas pelo terremoto e levar os poucos objetos de valor que ainda restam.Em Chincha, dos 600 detentos que fugiram após a queda de um muro na prisão da cidade, apenas 75 haviam sido recapturados até este sábado.Nervosismo e impaciênciaHá uma sensação de nervosismo e impaciência pela falta de segurança. Para evitar os atos de vandalismo, o governo peruano enviou durante a madrugada mais 600 policiais à região sul do país. Apesar da solidariedade dos peruanos e das organizações humanitárias, a ajuda demora a chegar às cidades mais atingidas pelo terremoto. A desorganização também impede que a distribuição seja rápida. Ainda há cidades às quais a ajuda do governo não chegou.No fim da tarde da sexta-feira, um helicóptero da Marinha, que levava cinco toneladas de alimentos, remédios e água, caiu sobre o teto de uma construção em Ica quando se aproximava da cidade. Os sete ocupantes se salvaram. Os moradores, que esperavam os alimentos, entraram em pânico porque temiam outro desastre.
Sunday, August 19, 2007
Desastre no Perú
Em meio aos esforços de resgate e de ajuda humanitária após o forte terremoto que atingiu o sul do Peru na quarta-feira, as autoridades do país pediram neste sábado calma à população, que teme novos tremores e a situação de desespero que predomina nas ruas. Durante a madrugada deste sábado, a população das principais cidades afetadas permaneceu em pânico por causa dos saques e dos atos de vandalismo que aumentaram nas últimas horas.O tremor, no início da noite de quarta-feira, provocou destruição na capital, Lima, e devastou outras cidades da região, como Pisco, Ica e Chincha. Os bombeiros contabilizam 510 mortes até agora, e dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas.A igreja de San Clemente, localizada na praça central de Pisco, se tornou um dos símbolos da tragédia que se abateu sobre a região. Até a madrugada deste sábado, 127 corpos já haviam sido retirados dos escombros da igreja. Após o tremor de quarta-feira, de 8 graus na escala Richter, tudo o que sobrou da construção colonial foi a fachada.Apesar da falta de esperança de encontrar sobreviventes entre os escombros da igreja, os bombeiros conseguiram resgatar com vida na sexta-feira o padre José Emílio Torres Mota, que celebrava uma missa no momento em que o teto desabou. As equipes de resgate continuam trabalhando no local. Estima-se que ainda haja cerca de 40 corpos entre os escombros.DesabrigadosO número de famílias que ficaram desabrigadas aumentou de 17 mil para 33 mil em toda a região sul do Peru. Os tremores secundários que ocorrem desde quarta-feira terminam de destruir as poucas casas que ainda se mantinham de pé. Os moradores das cidades de Ica, Chincha e Pisco passaram a terceira noite depois do terremoto ao relento.Na maior parte da região sul do Peru, a mais atingida pelos tremores, ainda não foi restabelecido o abastecimento de energia elétrica. Não há água. A conexão telefônica já funciona, mas com dificuldade.Em Chincha, uma pessoa ficou ferida durante um assalto a um hospital. Uma testemunha disse que os assaltantes entraram na clínica para roubar equipamentos e remédios.Em Pisco também foram registrados roubos. Os assaltantes aproveitam a falta de luz para entrar nas casas e lojas destruídas pelo terremoto e levar os poucos objetos de valor que ainda restam.Em Chincha, dos 600 detentos que fugiram após a queda de um muro na prisão da cidade, apenas 75 haviam sido recapturados até este sábado.Nervosismo e impaciênciaHá uma sensação de nervosismo e impaciência pela falta de segurança. Para evitar os atos de vandalismo, o governo peruano enviou durante a madrugada mais 600 policiais à região sul do país. Apesar da solidariedade dos peruanos e das organizações humanitárias, a ajuda demora a chegar às cidades mais atingidas pelo terremoto. A desorganização também impede que a distribuição seja rápida. Ainda há cidades às quais a ajuda do governo não chegou.No fim da tarde da sexta-feira, um helicóptero da Marinha, que levava cinco toneladas de alimentos, remédios e água, caiu sobre o teto de uma construção em Ica quando se aproximava da cidade. Os sete ocupantes se salvaram. Os moradores, que esperavam os alimentos, entraram em pânico porque temiam outro desastre.
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1 comment:
Ola! entao voce tbm tem um blog,que legal! vou vir mais tarde aqui com mais calma e dar uma olhada em tudo!! depois olha o meu tbm!! Abracao grande
Steve
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